DA REUTERS, EM SÃO PAULO
O fundo soberano do Qatar se dispôs a participar da operação
frustrada de união entre Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil,
afirmou nesta segunda-feira o sócio do BTG Pactual, Cláudio Galeazzi.
Segundo ele, o BTG Pactual --que estruturou a oferta de fusão entre a
varejista do empresário Abílio Diniz e a unidade brasileira do Carrefour--
saiu em roadshow para apresentar o negócio a investidores estrangeiros
e a acionistas minoritários do Pão de Açúcar após a saída do BNDES da proposta.
No final de junho, em uma complexa proposta orquestrada por Diniz,
o BTG apresentou um plano para unir os ativos das varejistas.
Pelo desenho da operação, estava prevista a entrada do BNDESPar,
braço de participações do BNDES, e do próprio BTG,
com aporte de até 1,7 bilhão de euros e 800 milhões de euros, respectivamente.
Diante da incisiva oposição ao negócio pelo Casino,
sócio francês do Pão de Açúcar que deve assumir o controle do grupo brasileiro em meados de 2012,
o BNDES cancelou seu apoio à proposta e Diniz acabou desistindo da operação.
Galeazzi defendeu Diniz das acusações do Casino de que teria negociado às escondidas com o Carrefour.
Segundo ele, houve exagero por parte do presidente-executivo do Casino, Jean-Charles Naouri.
"Naouri teve uma reação muito acima da que seria razoável.
A posição dele sempre foi de que o Carrefour estava tão mal que seria adquirido aos pedaços",
disse Galeazzi durante evento em São Paulo.
Questionado durante palestra se ainda havia disposição para dar prosseguimento à operação
entre Pão de Açúcar e Carrefour Brasil, ele respondeu que não comentaria o assunto.
Galeazzi não falou com a imprensa após a palestra.
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