Deputado, sua mulher, Sylvia, quatro filhos do casal e dois parentes são acusados de desvio de
dinheiro da construção da avenida Água Espraiada
Veja também: Maluf dá a receita para resolver a falta de dinheiro da saúde: “É só acabar com a bandalheira”
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nesta quinta-feira, 29,
um processo criminal contra o deputado federal e ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP), a mulher dele, Sylvia,
quatro filhos do casal e mais dois parentes por suspeita de lavagem de dinheiro.
O Ministério Público Federal sustentou que a família se envolveu num esquema de lavagem de
recursos desviados de obras públicas da época em que Maluf administrou a capital.
Como consequência da decisão, Maluf e os parentes passarão da condição de investigados para a de réus.
O ex-prefeito e a mulher ficaram livres da acusação de formação de quadrilha porque, segundo os ministros,
em razão da idade deles já ocorreu a prescrição. Mas os outros também responderão por formação de quadrilha.
Relator do processo, o ministro Ricardo Lewandowski destacou os valores "astronômicos" dos supostos desvios. Ele citou que o prejuízo ao erário foi de cerca de US$ 1 bilhão. Também disse que há informações de que a família Maluf teria movimentado no exterior cerca de US$ 900 milhões, valor superior ao Produto Interno Bruto (PIB) de muitos países, como Timor Leste, Guiné Bissau e Granada.
O ministro destacou que o total de recursos consumidos com a obra da avenida Águas Espraiadas foi de R$ 800 milhões. Mas que as suspeitas são de que cerca de US$ 1 bilhão teriam sido lavados. Além dos valores altíssimos, o ministro mostrou ter ficado surpreso com o fato de o caso envolver mais de uma dezena de empresas off shore.
'É muito difícil defender Paulo Maluf'
O destaque da sessão foi o advogado José Roberto Leal de Carvalho, que defende Maluf. "É muito difícil defender Paulo Maluf. Paulo Maluf carrega um carisma de ódio, desde a Copa de 1970 (quando ele presenteou jogadores com automóveis Fusca). Começa o calvário dele lá", disse Carvalho.
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